quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Somos o que consumimos?



Em seu artigo primeiro nossa Constituição Federal elenca uma serie de princípios e garantias fundamentais de todos os cidadãos, mas dentre todos estes um me chama atenção por sua capacidade de instigar em cada um dos leitores e ouvintes uma interpretação mais extensa ou restritiva. Todos os brasileiros e estrangeiros de uma maneira geral possuem o Direito: A Dignidade Humana. Como definimos a Dignidade Humana, principio basilar de nossa Constituição Federal, norma mãe dentre todas as normas que determina para onde uma nação deve ser guiada e seus anseios atendidos. Em tempos de manifestações ou de grandes calamidades o que ouvimos no clamor das ruas é o desejo de sermos tratados com dignidade. Em meu livre entendimento a dignidade está muito mais relacionada em sermos tratado de maneira igualitária, com acesso a saúde, educação, moradia, renda, sem sermos criticados ou descriminados por escolhas sexuais, religiosas ou politicas. Porém, temos que convir que isso tornasse muito mais utópico que real. Acreditar que viveremos em um mundo onde o próximo não te julgue pela maneira como se veste ou o que consome. Vivemos em um modelo que se não ter o que está na moda ou que de algum modo se tornou popular você é excluído, descriminado. Quando penso em dignidade no sentido amplo da palavra não deveríamos viver com esse modelo econômico que afasta a sociedade e a segrega de acordo com o seu poder aquisitivo e posses. Possuir um bem durável além do tempo que uma “norma social” determina o coloca em uma parcela de indivíduos que não serão tratados da mesma maneira. Olhando por essa perspectiva devemos nos questionar se temos aquilo que de fato precisamos ou apenas o que desejamos. Produzimos mais que o necessário, mas, paradoxalmente falta para uma parte da população. Quais de fato são as nossas prioridades, precisamos trocar de celular a cada ano, carro, computador ou quaisquer bens tidos como duráveis. Essa é a pergunta do século. 

Somos o que consumimos?



quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Alive!

O ciclo da vida segue um caminho igual para todos: Nascer; Crescer e Morrer. Alguns buscam o sentido da vida na natureza, na religião ou apenas nos números. Mas de nada vale querer entender o sentido da vida se não soubermos para onde queremos ir. Somos impulsionados para tantas direções diferentes por nossos pais, amigos, pares e muitas vezes por nossas próprias duvidas.
Deixamos de pensar em o que queremos de fato para nossa felicidade quando iniciamos uma busca frenética por conforto e respeito do próximo. Esquecemos que isso significa na grande maioria das vezes deixarmos de viver e apenas existir como mais um figurante nesse grande show de horrores que tem se tornando nossa existência. A vida é uma dádiva única que não importa em qual religião você acredite isso não muda, pois, no fim você estará alimentando a terra e transformando em pó sua vida e tornando apenas uma doce lembrança para aqueles que te amavam em vida. Um dia acreditei de fato que poderíamos viver em uma utopia, mas nos fim como todos os grandes castelos um dia esse sonho também se tornaria pó e seria jogado contra uma torrente de realidade que mesmo não gostando esse é o mundo real e não a nada que se possa fazer a não ser buscar o melhor para si. Para que de fato existem os sonhos a não ser te fazer acordar de manhã todos os dias mesmo com o tempo mais escuro e com a missão mais ingrata para realizar. Eu aprendi a acreditar que todos deveram ter uma segunda chance, mas isso não significa que devemos ser perdoados, muito pelo contrario. Se cometermos um erro tem a obrigação de reparar de algum modo. Quando era apenas uma criança acreditei que dragões existiam e que grandes aventuras me esperavam além dos portões de minha casa. Que ter companheiros fiéis era o mesmo que estar pronto para enfrentar qualquer desafio e que nunca ficaria sozinho. Existem aqueles que vivem em um sonho eterno e são tratados como loucos ou desajustados. Quando deixamos de sonhar e acreditar que devemos ser mais ricos e menos felizes. Que sonhar se tornou tão ruim e o mundano tão bom. Sinto falta de acreditar em dragões e de que encontraria uma aventura para além de meus portões, mas isso é apenas um mundo real e talvez no fim essa seja a grande prisão que todos estamos condenados e nos livramos apenas quando somos tão novos que somos inocentes ou velhos de mais e a razão já nos deixara.

Não me resta a não ser continuar buscando aquela história sem um final onde o que nos move é a paixão de sonhar.