Em seu artigo primeiro nossa
Constituição Federal elenca uma serie de princípios e garantias fundamentais de
todos os cidadãos, mas dentre todos estes um me chama atenção por sua
capacidade de instigar em cada um dos leitores e ouvintes uma interpretação
mais extensa ou restritiva. Todos os brasileiros e estrangeiros de uma maneira
geral possuem o Direito: A Dignidade
Humana. Como definimos a Dignidade Humana, principio basilar de nossa Constituição
Federal, norma mãe dentre todas as normas que determina para onde uma nação
deve ser guiada e seus anseios atendidos. Em tempos de manifestações ou de
grandes calamidades o que ouvimos no clamor das ruas é o desejo de sermos
tratados com dignidade. Em meu livre entendimento a dignidade está muito mais
relacionada em sermos tratado de maneira igualitária, com acesso a saúde,
educação, moradia, renda, sem sermos criticados ou descriminados por escolhas
sexuais, religiosas ou politicas. Porém, temos que convir que isso tornasse muito
mais utópico que real. Acreditar que viveremos em um mundo onde o próximo não
te julgue pela maneira como se veste ou o que consome. Vivemos em um modelo que
se não ter o que está na moda ou que de algum modo se tornou popular você é
excluído, descriminado. Quando penso em dignidade no sentido amplo da palavra
não deveríamos viver com esse modelo econômico que afasta a sociedade e a
segrega de acordo com o seu poder aquisitivo e posses. Possuir um bem durável
além do tempo que uma “norma social” determina o coloca em uma parcela de
indivíduos que não serão tratados da mesma maneira. Olhando por essa perspectiva
devemos nos questionar se temos aquilo que de fato precisamos ou apenas o que
desejamos. Produzimos mais que o necessário, mas, paradoxalmente falta para uma
parte da população. Quais de fato são as nossas prioridades, precisamos trocar
de celular a cada ano, carro, computador ou quaisquer bens tidos como duráveis.
Essa é a pergunta do século.
Somos o que consumimos?
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