Changeling – O Sonhar.
Há muito, muito tempo atrás, quando o mundo e os sonhos ainda eram jovens, a fronteira entre o mito e a realidade não era tão claramente definida. Antes que a fria luz da lógica “explicasse” o universo em termos racionais e quantitativos, as pessoas se admiravam e desconcertavam com o mundo natural e suas criaturas. Em vez da ciência, elas recorriam às histórias para explicar o ciclo das estações, o ritmo alternado do dia e da noite, a inflexível finalidade da morte e o milagre da vida. Quando crianças, nós também nos deslumbrávamos com o mundo a nossa volta, inventávamos nossas próprias razões para o trovão e o raio, para as arvores perderem as folhas no outono e para a lua e as estrelas parecerem tão pequenas. Acreditávamos nas histórias que nos contavam, fossem contos de fadas ou parábolas religiosas. Sonhávamos e vivíamos nossas histórias todos os dias.
Mais tarde, quando crescemos e aprendemos os fatos da vida, o mundo se tornou menos mágico e não tão maravilhoso. As trevas e pesadelos e as tempestades perderam um pouco de seu terror e boa parte de sua magnificência.
Trecho referente ao capitulo IX, “Narrativa”.
Texto retirado do livro Changeling – O Sonhar, escrito por Mark Rein ∙ Hagen – Edição Devir, 2º Ed/ 2005 – pagina 259.
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