quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

The Hobbit: An Unexpected Journey



Bom dia irmãos, essa madrugada fui surpreendido com talvez o melhor trailer feito neste ano, não apenas pela grandiosidade do filme a qual ele representa mas pela canção que nela apresenta.

Não vou falar mas nada pelo simples fato desse vídeo refletir tudo o que estou sentindo agora.   



Segue abaixo trecho retirado de o Hobbit.

Kili e Fili correram até seus sacos e trouxeram pequenas rabecas; Dori, Nori e Ori tiraram flautas de algum lugar em seus casacos; Bombur trouxe um tambor do corredor; Bifur e Bofur saíram também, e voltaram com clarinetas que haviam deixado entre as bengalas. Dwalin e Balin disseram: "Com licença, deixei a minha na varanda!". "Traga a minha também!", disse Thorin. Voltaram com violas tão grandes como eles próprios e com a harpa de Thorin embrulhada num pano verde. Era uma bonita harpa dourada, e quando Thorin a dedilhou a música irrompeu imediatamente, tão repentina e doce que Bilbo esqueceu todo o resto, e foi levado para terras escuras sob luas estranhas, lugares distantes do Água e muito distantes de sua toca de hobbit sob a Colina.

A escuridão entrava na sala pela pequena janela que se abria na encosta da Colina; a luz do fogo tremia - era abril - e, ainda assim, continuavam tocando, enquanto a sombra da barba de Gandalf se agitava contra a parede.

A escuridão encheu toda a sala, o fogo se extinguiu, as sombras se perderam e, ainda assim, continuaram tocando. E, de repente, primeiro um, e depois outro, começaram a cantar enquanto tocavam, o canto grave dos anões das profundezas de seus antigos lares; e este é como um fragmento de sua canção, se é que pode ser como uma de suas canções sem a sua música.

Para além das montanhas nebulosas, frias,
Adentrando cavernas, calabouços cravados,
Devemos partir antes de o sol surgir,
Em busca do pálido ouro encantado.

Operavam encantos anões de outrora,
Ao som de martelo qual sino a soar
Na profundeza onde dorme a incerteza,
Em antros vazios sob penhascos do mar.

Para o antigo rei e seu elfo senhor
Criaram tesouros de grã nomeada;
As pedras plasmaram, a luz captaram
Prendendo-a nas gemas do punho da espada.

Em colares de prata eles juntaram
Estrelas floridas; fizeram coroas
De fogo-dragão e no mesmo cordão
Fundiram a luz do sol e da lua.

Para além das montanhas nebulosas, frias,
Adentrando cavernas, calabouços perdidos,
Devemos partir antes de o sol surgir
Buscando tesouros há muito esquecidos.

Para seu uso taças foram talhadas
E harpas de ouro. Onde ninguém mora
Jazeram perdidas e suas cantigas
Por homens e elfos não foram ouvidas.

Zumbiram pinheiros sobre a montanha,
Uivaram os ventos em noites azuis.
O fogo vermelho queimava parelho,
As árvores-tochas em fachos de luz.

Tocaram os sinos chovendo no vale,
Erguiam-se pálidos rostos ansiosos;
Irado o dragão feroz se insurgira
Arrasando casas e torres formosas.

Sob a luz da lua fumavam montanhas;
Os anões ouviram a marcha final.
Fugiram do abrigo achando o inimigo
E sob seus pés a morte ao luar.

Para além das montanhas nebulosas, frias,
Adentrando cavernas, calabouços perdidos
Devemos partir antes de o sol surgir,
Buscando tesouros há muito esquecidos.

Enquanto eles cantavam, o hobbit sentiu agitar-se dentro de si o amor por coisas belas feitas por mãos, com habilidade e com mágica, um amor feroz e ciumento, o desejo dos corações dos anões. Então alguma coisa dos Tûk despertou no seu íntimo, e ele desejou ir ver as grandes montanhas, e ouvir os pinheiros e as cachoeiras, explorar as cavernas e usar uma espada ao invés de uma bengala. Olhou pela janela. As estrelas apareciam num céu escuro sobre as árvores. Pensou nas jóias dos anões brilhando em cavernas escuras. De repente, na floresta além do Água uma chama surgiu - provavelmente alguém acendendo uma fogueira - e ele pensou em dragões saqueadores alojando-se em sua calma Colina e transformando-a toda em chamas. Sentiu um tremor e muito rapidamente voltou a ser o Sr. Bolseiro de Bolsão, Sob-a-Colina, novamente.


Um grande abraço e até a próxima!



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