sexta-feira, 31 de maio de 2013

29 anos, Check!

 


  
Sabe o que dizem sobre aniversários, cada ano que se passa é um ano mais próximo de alcançar a outra fase. Não tenho problema em envelhecer, muito pelo contrario essa ideia de alcançar mais um ano apenas demonstra que estou fazendo algo certo ou não. Quantas pessoas gostariam de estar com a idade que eu tenho hoje.
Bem esse foi mais um ano de vida com varias mudanças para falar a verdade, algumas boas e outras nem tanto. Não posso culpar o mundo já que muitas dessas mudanças ruins eu sou o único responsável. Mas nem tudo foram pedras nesse último ano, coisas boas aconteceram. Voltei a trabalhar, comecei a cursar uma faculdade e a namorar. Fato que a última não fui muito bem, mas isso não importa agora. Nesse momento tenho coisas maiores que me preocupar certo?
Não espero compaixão ou tapinhas nas costas das pessoas dizendo que isso apenas faz parte da vida, obrigado a todos que fizeram e ainda vão fazer, mas eu já sei disso, portanto quer me ajudar vamos falar de trabalho e faculdade que isso me deixa feliz.
Verdade que amadureci muito mais nesses últimos meses que no último ano todo, mas o fato é que isso é bom pelo menos é o que dizem.
Aos filhos dos trovões vamos para mais um ano rumo há três décadas e muitas histórias para contar, é engraçado pensar que poderia estar escrevendo esse texto do sul do país nesse exato momento, mas em contraponto não estaria tendo essa oportunidade de estar cursando uma faculdade.
Bem não a muito mais o que falar, os cabelos brancos começaram a se multiplicar em uma velocidade maior desde o seu aparecimento quando tinha apenas quatorze anos.
 Sempre pensei que estaria em um lugar diferente com essa idade, mas até que não é tão ruim onde estou agora.

Uma viva para o aniversariante e por hoje é só pessoal!





quarta-feira, 29 de maio de 2013

Revolução Cibernética.

Rei Emir Saad¹.


Quando falamos de movimentos populares que buscam uma mudança em nosso sistema os atores dessa mudança são chamados de revolucionários. Já descrevi minha indignação aqui mesmo quando tratei da revolução estudantil² que de fato não buscava mudança, mas sim aceitação de um comportamento cada vez mais hipócrita e deficiente de valores estritamente morais. Não acredito que essa geração a qual faço parte e a geração que vem a seguir escolheu a opção de opor a uma mudança compartilhando imagens ou escrevendo suas “indignações” em textos em suas redes sociais. Verdade que esse também foi parte de meu penúltimo texto, porém nada que me digam como, por exemplo: “Essa é a nova voz da humanidade, maneira pela qual o povo manifesta a sua vontade.” Besteira, isso é a maneira como encaro tais manifestações, não está feliz com algo faça de fato algo que possa representar uma mudança, quando foi à última vez que você sentou em um grupo de amigos e levantou um assunto que de fato de incomoda?

As redes sociais felizmente aproximaram as pessoas em um nível que não poderia ser pensando há uma década e também de uma maneira paradoxal que as afasta. Deixe-me explicar isso direito, quando falo em aproximar e afasta digo que ficamos cada vez mais dependentes de nos comunicarmos pelas redes, com frases cada vez mais curtas e com sentido único. Deixamos de debater ou discutir uma ideia sem que exista alguém que venha e intervenha com um comentário tolo, quando falo em internet penso em um mundo completamente plano onde todos tem acesso a todo conhecimento da humanidade, mas essa facilidade nos tornaram cada vez mais preguiçosos. Quando converso com um jovem, entenda por 12 a 29 anos, ouço apenas palavras repetidas pelos meios de comunicação e nas redes sociais. Quando foi a última vez que você sentou em um lugar e debateu sobre o transito ou educação na sua região, esquecemos que o dever de viver em sociedade é questionar e não apenas passar a responsabilidade ao seu candidato e agir como se estivesse tudo bem e quando você encontra uma imagem legal na internet você compartilhar com algum comentário do tipo “Abaixo ao PT” ou prefere se esconder atrás de uma máscara do “V de vingança” sem sequer saber que o cara por atrás dela não era um cara tão legal.

Quando se fala em revolução o que me vem em mente são armas e explosões, ausência de ordem e de direitos. As pessoas não compreendem que a sociedade se molda ao caráter da maioria, infelizmente nossa sociedade se encontra em um status de total ausência de individualismo. Não prego a revolução, não mais. Hoje busco uma mudança de atitude daqueles que fazem esse país funcionar e não estou falando dos políticos. Não está satisfeito com algo se reúna e tome a ação em suas mãos. Em Trilha Sonora para uma Revolução / Soundtrack for a Revolution³, documentário que trata da luta pelos direitos civis nos EUA, mostra um grande exemplo de desobediência civil e resistência pacífica. 

Talvez o que falte para o Brasil seja algo pelo que lutar além de um país.

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sábado, 25 de maio de 2013

Ofensiva religiosa.




“Grupos religiosos preparam ofensiva contra Barroso”
(Conjur¹)




Como já disse anteriormente sou contra toda e qualquer interferência de organizações religiosas dentro da política nacional. Tive a oportunidade de ver o vídeo² da sustentação oral no Supremo Tribunal Federal do então representante do Estado do Rio de Janeiro o Professor Luís Roberto Barroso acerca do reconhecimento da união estável homoafetiva. Independente de concordar com a questão ou não, tenho consciência que devemos respeitar as minorias em todas as suas formas e expressões. O Professor Luís Roberto Barroso, constitucionalista, apresentou elementos em dois temas que julgo de difícil defesa perante a sociedade como um todo. Uma sociedade essa baseada em valores morais tão enraizados que se fazem difícil questionar, valores éticos de acordo com uma crença que impede aquele que a pratica de pensar livremente e o impulsiona a bradar palavras de ordem a qualquer mudança. Como já me fiz entender por meio de meus textos aqui presentes, sou contra sumariamente ao aborto independente da situação pela qual se deu a concepção, porém, isso não me obriga a impor a minha opinião que remete exclusivamente a minha pessoa baseada em valores estritamente morais. O então Professor Luís Roberto Barroso ao defender o uso de embriões em pesquisas de células troncos não apenas a fez baseada em achismos ou ideologias, mas em ampla pesquisa e apoio cientifico. Quando vejo um representante que busca um olhar mais amplo sob a letra fria da lei por meio de uma interpretação que visa cobrir a todos com o manto sagrado de nossa Constituição federal me enche de alegria. Garantir a dignidade à pessoa humana em todas as formas não é um beneficio, mas um direito.
Valores morais baseados em dogmas acabam por conduzir nossa sociedade a um passado negro de nossa história. Vivemos em um tempo de iluminação e conhecimento aonde podemos e devemos buscar sempre encontrar um caminho de tolerância e respeito ao próximo.

Compreendo que dentro das várias intuições e correntes religiosas que atuam dentro de nossa federação seguem doutrinas e dogmas no qual se baseiam sua fé e sua existência, mas não cabe a eu discutir se tais verdades absolutas são de fato ou apenas elementos figurados e sem valor algum. Devo respeitar desde que seus dogmas não me privem de receber um tratamento que preserve o mais amplo direito; a dignidade.

Toda verdade absoluta acarreta um perigo nato, crença que se baseia em um fato de que se está certo em curso de que todas as outras estão incorretas. Não me faço doutor em minhas palavras, mas apenas peço compreensão e respeito com a opinião alheia.

Não existe verdade absoluta, mas apenas uma perspectiva da verdade.