sábado, 25 de maio de 2013

Ofensiva religiosa.




“Grupos religiosos preparam ofensiva contra Barroso”
(Conjur¹)




Como já disse anteriormente sou contra toda e qualquer interferência de organizações religiosas dentro da política nacional. Tive a oportunidade de ver o vídeo² da sustentação oral no Supremo Tribunal Federal do então representante do Estado do Rio de Janeiro o Professor Luís Roberto Barroso acerca do reconhecimento da união estável homoafetiva. Independente de concordar com a questão ou não, tenho consciência que devemos respeitar as minorias em todas as suas formas e expressões. O Professor Luís Roberto Barroso, constitucionalista, apresentou elementos em dois temas que julgo de difícil defesa perante a sociedade como um todo. Uma sociedade essa baseada em valores morais tão enraizados que se fazem difícil questionar, valores éticos de acordo com uma crença que impede aquele que a pratica de pensar livremente e o impulsiona a bradar palavras de ordem a qualquer mudança. Como já me fiz entender por meio de meus textos aqui presentes, sou contra sumariamente ao aborto independente da situação pela qual se deu a concepção, porém, isso não me obriga a impor a minha opinião que remete exclusivamente a minha pessoa baseada em valores estritamente morais. O então Professor Luís Roberto Barroso ao defender o uso de embriões em pesquisas de células troncos não apenas a fez baseada em achismos ou ideologias, mas em ampla pesquisa e apoio cientifico. Quando vejo um representante que busca um olhar mais amplo sob a letra fria da lei por meio de uma interpretação que visa cobrir a todos com o manto sagrado de nossa Constituição federal me enche de alegria. Garantir a dignidade à pessoa humana em todas as formas não é um beneficio, mas um direito.
Valores morais baseados em dogmas acabam por conduzir nossa sociedade a um passado negro de nossa história. Vivemos em um tempo de iluminação e conhecimento aonde podemos e devemos buscar sempre encontrar um caminho de tolerância e respeito ao próximo.

Compreendo que dentro das várias intuições e correntes religiosas que atuam dentro de nossa federação seguem doutrinas e dogmas no qual se baseiam sua fé e sua existência, mas não cabe a eu discutir se tais verdades absolutas são de fato ou apenas elementos figurados e sem valor algum. Devo respeitar desde que seus dogmas não me privem de receber um tratamento que preserve o mais amplo direito; a dignidade.

Toda verdade absoluta acarreta um perigo nato, crença que se baseia em um fato de que se está certo em curso de que todas as outras estão incorretas. Não me faço doutor em minhas palavras, mas apenas peço compreensão e respeito com a opinião alheia.

Não existe verdade absoluta, mas apenas uma perspectiva da verdade. 





 

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