sábado, 21 de dezembro de 2013

Até a próxima cambada!

Mais alguns dias para o Natal e posteriormente o fim do ano, mas o que dizer desse ano que foi sem duvida algo imprevisível de muitas maneiras. Como já relatado aqui mesmo aconteceram muitas coisas que não estavam previstas. Outras nem tanto.
Pelo o que eu tenho visto possivelmente esse será o último texto desse blog que vem me acompanhando há alguns anos. Tenho outras ideias para o ano que vem e isso inclui um novo blog, mas com uma temática mais séria. Pretendo realizar textos fixos, datas e tudo mais. Isso é assunto para o próximo ano.

Por hora para aqueles que de algum modo ainda acompanharam essa caminhada desde o inicio, valeu!  Foi divertido enquanto durou, mas como tudo para mim se não houver razão para existir não vou manter.

Fique com uma banda que voltei a ouvir, Sepultura. 




Um grande abraço e até a próxima!





sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O Mundo na ponta dos dedos.

Já se vão alguns dias desde minha última postagem aqui no blog, confesso que fiquei bastante inclinado a encerrar esse espaço já que não encontro mais vontade para continuar escrevendo.
Ando bastante empolgado em outros projetos, algo mais serio por assim dizer. Porém como gosto muito disso aqui ele vai continuar por enquanto.
Recentemente adquiri um pequeno acessório em substituição de meu antigo, um novo celular que me colocar em condições de fato de estar com o mundo nas pontas dos dedos. Informação e mais informação a cada segundo sem a necessidade de estar preso a um computador. Pretendo criar alguma coisa utilizando esta plataforma possivelmente no ano que vem, mas isso é para outro momento.
A razão deste texto não é apenas para falar de meu novo celular, mas também de uma boa novidade. Creio que a resolução de parte dos questionamentos sobre o julgamento do mensalão vai dar um novo animo para o povo brasileiro cansado de ser tratado como apenas um mero espectador na grande obra do mundo. A detenção de grandes nomes apresenta um novo panorama, se isso é apenas uma manobra eleitoreira só será possível confirmar mais a frente. Acredito que servira como exemplo e acima de tudo como incentivo para aqueles que deixaram de acreditar no sistema judicial há muito tempo. 

Portanto, sonhar o sonho impossível como dizia Dom Quixote é apenas um pequeno ato que demonstra o quão humanos somos, coisas boas surgem todos os dias, porém esquecemo-nos disso quando nos deparamos com momentos ruins.
Dentre todas as canções que ouvir nessas quase três décadas algumas bandas continuam sempre a voltar. Um grande clássico de uma banda que aprendi a gostar há quase 20 anos.


This is the life I was born to lead
Unique chance for me to express myself
And fullfill my dreams
I´m in control of this ship of mine
And everything will be just fine

 






quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Um sonho impossível


Com fé o impossível sonhar
combate o mal sem temor
triunfa sobre o medo invencível
e em pé suporta a dor

Ame a pureza sem igual
busque a verdade nos defeitos
viva com os braços abertos
acredite num mundo perfeito

É meu ideal
a estrela alcançar
não importa quão longe possa estar
lutar pelo bem sem duvidar nem temer
disposto ao inferno chegar se este for o dever

E eu sei
que se conseguir ser fiel
ao meu sonho ideal
estará minha alma em paz quando chegar
a minha vida ao final

Será este mundo melhor
se houve quem desconsiderando a dor
combateu até o último alento

Com fé o impossível sonhar
e a estrela alcançar.

 (Dom Quixote de La Mancha,  Miguel de Cervantes Saavedra.)




domingo, 29 de setembro de 2013

Roda Viva – Francisco Rezek.


Gostaria de tratar essa entrevista do antigo ministro do STF e um reconhecido Jurista e Doutor (de fato) Francisco Rezek no programa Roda Viva. Dentre todos os assuntos discutidos nesse programa de mais de uma hora não posso deixa de me ater ao assunto do momento que é o dos Embargos Infringentes. Como já escrito aqui mesmo tenho por convicção sim que a aceitação dos ditos embargos infringentes na ação 470 não viola o Estado de Direito, porém tenho por visão e entenda isso por uma razão lógica no sentido estrito de que não me parece razoável que se venha realizar um novo julgamento pela mesma corte, um magistrado não vai reconhecer que se equivocou ou atendeu um clamor social em condenar quem quer que seja.
Uma analise mais aprofundada das provas presentes nos autos poderia demonstrar que houve equívocos na condução processual?  Não acredito que isso venha ocorrer nessa analise, tão pouco uma mudança de convicção por parte daqueles que já proferiram seus votos.
De maneira técnica e cautelosa o Doutor Rezek conduziu sua entrevista ao modo de um diplomata, mas que a meu ver de maneira sutil deu a entender sua posição acerca dos fatos. Acredita nos embargos, mas não entende como seria um novo julgamento com um mesmo corpo de magistrados. Questão esta que venho suscitando mesmo sendo atacado por apoiar a utilização do recurso. Uma visão mais aprofundada dos corredores e claro uma critica a pressão executada pela mídia de maneira geral que busca um julgamento sumario em prol do clamor da população que acredita que eles devem servir de exemplo.
Com uma apresentação muito técnica foi exposto argumentos e questões que no meu entendimento são criticas a um sistema concebido em outra geração pautada e conduzida por uma linha mestre diferente de hoje.
Muito se fala em preservar o Direito do indivíduo, mas e o Direito da coletividade?  

Qual é a linha que separar um julgamento de exceção a de um justo?

Gosto muito de uma citação que foi dita para explicar e justificar uma possível absolvição ou redução de pena.
“In dubio pró reo” - Na dúvida, a favor do réu.

Todo o ordenamento jurídico do Brasil se baseia na presunção da inocência, independente de quem quer que seja.
A ação 470 e seus desdobramentos não apenas demonstrou uma face do judiciário mantida distante da população, mas qual é o peso da mídia organizada nesse julgamento?

Essa é outras tantas perguntas que não quer calar e algo me diz que vai demorar muito em termos uma resposta.




- Indicação do companheiro Nilton Nakate.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Ação 470 - Caminhos de um Estado de Direito.





Para aqueles que encaram o novo julgamento da ação 470 do STF, o julgamento do “Mensalão”, deveria em primeiro momento entender que isso não é uma questão que deve ser discutida com um olhar emocional e sim racional. É de conhecimento que o Brasil em sua soberania nacional entende dentro de seu ordenamento jurídico e reforçado pelos tratados e convenções internacionais a qual o Brasil é signatário que todos devem ter o Direito de ser julgado em pelo menos dois graus, dessa forma garantindo um processo justo e dando a qualquer um o direito à ampla defesa. Mesmo entendendo as particularidades da ação em questão devemos ter em mente sempre que não podemos condenar alguém sem que todas as formas de apelação e recursos sejam observadas. O recurso interposto pelos advogados dos condenados de fato atendem um mecanismo que não foi revogado como noticiado pela mídia nacional e repetido a plenos pulmões pelos defensores de um julgamento sumário. O ponto em questão não é se um novo julgamento ou a observância desses recursos atendem ou não o anseio da população brasileira, mas, sim o atendimento das normas jurídicas vigentes nesse país. No momento que aceitarmos que alguns podem ser julgados sem que todos os mecanismos de defesas sejam atendidos assumimos a premissa de um julgamento de exceção, violando não apenas a Constituição Federal, mas, ferimos o princípio da dignidade humana e de que todos são iguais. Quando aceitarmos que devemos tratar diferente aquele que odiamos por entender que são criminosos deveria ter em mente que atravessaremos um limiar tênue, frágil e principalmente sem volta, que não macularia apenas o Estado de Direito, mas colocariam em risco todos os brasileiros. Muitas vezes nos deparamos com situações que atende o dispositivo legal, mas que não são legítimas. Muitas vezes temos interpretações de fato que parecem claros e cristalinos, mas que com um olhar mais profundo é possível encontrar uma realidade completamente diversa daquela que iniciamos. Não é uma questão de apoiar um lado ou outro, mas em ser justo em garantir que todos devem receber o mesmo tratamento independente de nossa opinião acerca dos fatos.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Somos o que consumimos?



Em seu artigo primeiro nossa Constituição Federal elenca uma serie de princípios e garantias fundamentais de todos os cidadãos, mas dentre todos estes um me chama atenção por sua capacidade de instigar em cada um dos leitores e ouvintes uma interpretação mais extensa ou restritiva. Todos os brasileiros e estrangeiros de uma maneira geral possuem o Direito: A Dignidade Humana. Como definimos a Dignidade Humana, principio basilar de nossa Constituição Federal, norma mãe dentre todas as normas que determina para onde uma nação deve ser guiada e seus anseios atendidos. Em tempos de manifestações ou de grandes calamidades o que ouvimos no clamor das ruas é o desejo de sermos tratados com dignidade. Em meu livre entendimento a dignidade está muito mais relacionada em sermos tratado de maneira igualitária, com acesso a saúde, educação, moradia, renda, sem sermos criticados ou descriminados por escolhas sexuais, religiosas ou politicas. Porém, temos que convir que isso tornasse muito mais utópico que real. Acreditar que viveremos em um mundo onde o próximo não te julgue pela maneira como se veste ou o que consome. Vivemos em um modelo que se não ter o que está na moda ou que de algum modo se tornou popular você é excluído, descriminado. Quando penso em dignidade no sentido amplo da palavra não deveríamos viver com esse modelo econômico que afasta a sociedade e a segrega de acordo com o seu poder aquisitivo e posses. Possuir um bem durável além do tempo que uma “norma social” determina o coloca em uma parcela de indivíduos que não serão tratados da mesma maneira. Olhando por essa perspectiva devemos nos questionar se temos aquilo que de fato precisamos ou apenas o que desejamos. Produzimos mais que o necessário, mas, paradoxalmente falta para uma parte da população. Quais de fato são as nossas prioridades, precisamos trocar de celular a cada ano, carro, computador ou quaisquer bens tidos como duráveis. Essa é a pergunta do século. 

Somos o que consumimos?



quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Alive!

O ciclo da vida segue um caminho igual para todos: Nascer; Crescer e Morrer. Alguns buscam o sentido da vida na natureza, na religião ou apenas nos números. Mas de nada vale querer entender o sentido da vida se não soubermos para onde queremos ir. Somos impulsionados para tantas direções diferentes por nossos pais, amigos, pares e muitas vezes por nossas próprias duvidas.
Deixamos de pensar em o que queremos de fato para nossa felicidade quando iniciamos uma busca frenética por conforto e respeito do próximo. Esquecemos que isso significa na grande maioria das vezes deixarmos de viver e apenas existir como mais um figurante nesse grande show de horrores que tem se tornando nossa existência. A vida é uma dádiva única que não importa em qual religião você acredite isso não muda, pois, no fim você estará alimentando a terra e transformando em pó sua vida e tornando apenas uma doce lembrança para aqueles que te amavam em vida. Um dia acreditei de fato que poderíamos viver em uma utopia, mas nos fim como todos os grandes castelos um dia esse sonho também se tornaria pó e seria jogado contra uma torrente de realidade que mesmo não gostando esse é o mundo real e não a nada que se possa fazer a não ser buscar o melhor para si. Para que de fato existem os sonhos a não ser te fazer acordar de manhã todos os dias mesmo com o tempo mais escuro e com a missão mais ingrata para realizar. Eu aprendi a acreditar que todos deveram ter uma segunda chance, mas isso não significa que devemos ser perdoados, muito pelo contrario. Se cometermos um erro tem a obrigação de reparar de algum modo. Quando era apenas uma criança acreditei que dragões existiam e que grandes aventuras me esperavam além dos portões de minha casa. Que ter companheiros fiéis era o mesmo que estar pronto para enfrentar qualquer desafio e que nunca ficaria sozinho. Existem aqueles que vivem em um sonho eterno e são tratados como loucos ou desajustados. Quando deixamos de sonhar e acreditar que devemos ser mais ricos e menos felizes. Que sonhar se tornou tão ruim e o mundano tão bom. Sinto falta de acreditar em dragões e de que encontraria uma aventura para além de meus portões, mas isso é apenas um mundo real e talvez no fim essa seja a grande prisão que todos estamos condenados e nos livramos apenas quando somos tão novos que somos inocentes ou velhos de mais e a razão já nos deixara.

Não me resta a não ser continuar buscando aquela história sem um final onde o que nos move é a paixão de sonhar. 

 


sábado, 6 de julho de 2013

Estiva!

Confesso que busco tentar entender essa categoria que é os “Estivadores”. Classe trabalhadora que por décadas a fio carregou o desenvolvimento do país nas costas, mas que hoje não passa de uma mão de obra carente de formação e visão de futuro. Sou favorável a Lei dos Portos por entender que precisamos avançar e isso significa investir e desprender das amarras do passado e da dependência de uma categoria. Quando a lei era favorável, esses “lideres” bradavam palavras de ordem e impediam que o trabalho acontecesse, mas hoje quando não é, desejam passar por cima dela e fazer isso de qualquer maneira possível. Acreditam na preservação do trabalho, mas prefere manter um modelo que não é mais possível ser aplicado por causar mais problemas que solução. Preferem ficar mendigando migalhas ao Poder Público em nome de um passado dourado que não existe mais. Os tempos são outros, mas posso estar enganado, porém, me parece mais medo de perder uma “boquinha” que uma preocupação legitima com os trabalhadores.




quinta-feira, 13 de junho de 2013

Manifestação ou Revolução?

Foto - Folha de São Paulo.

Existe uma diferença entre manifestações e a violação do Estado de Direito, quando perdemos o nosso direito de ir e vir, quando o patrimônio público é danificado ou destruído apenas em nome de uma causa, quando temos o ataque brutal a um homem que independente de estar ali ou não como representante do Estado não temos se não um movimento que mesmo iniciado de maneira legítima tomou proporções de violação da ordem democrática e dessa forma deve ser tratado. Infelizmente encaro que é hora sim de uma repressão mais dura e incisiva em nome do restabelecimento de uma condição outrora existente. Força Pública nas ruas, aos manifestantes que estejam prontos, pois se buscam uma revolução que se esteja preparado para a repressão. Concordo que os ataques e as ações de vandalismos são iniciados por um pequeno grupo, mas é compartilhada e repetida pela maioria. Se tais movimentos fossem de fato justos com a população e com a causa que defendem já teriam parado suas manifestações em prol da sociedade. Fechar uma faixa é valido, impedir que eu siga meu caminho e arremessar pedras no transporte público como forma de protesto apenas demonstra que essa causa tem muito mais a ver com uma massa de manobra usada apenas para propagar o caos do que um movimento legítimo em nome de um transporte público de qualidade.

Repressão é o único modo de restabelecer a ordem! 

Foto - Folha de São Paulo.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

29 anos, Check!

 


  
Sabe o que dizem sobre aniversários, cada ano que se passa é um ano mais próximo de alcançar a outra fase. Não tenho problema em envelhecer, muito pelo contrario essa ideia de alcançar mais um ano apenas demonstra que estou fazendo algo certo ou não. Quantas pessoas gostariam de estar com a idade que eu tenho hoje.
Bem esse foi mais um ano de vida com varias mudanças para falar a verdade, algumas boas e outras nem tanto. Não posso culpar o mundo já que muitas dessas mudanças ruins eu sou o único responsável. Mas nem tudo foram pedras nesse último ano, coisas boas aconteceram. Voltei a trabalhar, comecei a cursar uma faculdade e a namorar. Fato que a última não fui muito bem, mas isso não importa agora. Nesse momento tenho coisas maiores que me preocupar certo?
Não espero compaixão ou tapinhas nas costas das pessoas dizendo que isso apenas faz parte da vida, obrigado a todos que fizeram e ainda vão fazer, mas eu já sei disso, portanto quer me ajudar vamos falar de trabalho e faculdade que isso me deixa feliz.
Verdade que amadureci muito mais nesses últimos meses que no último ano todo, mas o fato é que isso é bom pelo menos é o que dizem.
Aos filhos dos trovões vamos para mais um ano rumo há três décadas e muitas histórias para contar, é engraçado pensar que poderia estar escrevendo esse texto do sul do país nesse exato momento, mas em contraponto não estaria tendo essa oportunidade de estar cursando uma faculdade.
Bem não a muito mais o que falar, os cabelos brancos começaram a se multiplicar em uma velocidade maior desde o seu aparecimento quando tinha apenas quatorze anos.
 Sempre pensei que estaria em um lugar diferente com essa idade, mas até que não é tão ruim onde estou agora.

Uma viva para o aniversariante e por hoje é só pessoal!





quarta-feira, 29 de maio de 2013

Revolução Cibernética.

Rei Emir Saad¹.


Quando falamos de movimentos populares que buscam uma mudança em nosso sistema os atores dessa mudança são chamados de revolucionários. Já descrevi minha indignação aqui mesmo quando tratei da revolução estudantil² que de fato não buscava mudança, mas sim aceitação de um comportamento cada vez mais hipócrita e deficiente de valores estritamente morais. Não acredito que essa geração a qual faço parte e a geração que vem a seguir escolheu a opção de opor a uma mudança compartilhando imagens ou escrevendo suas “indignações” em textos em suas redes sociais. Verdade que esse também foi parte de meu penúltimo texto, porém nada que me digam como, por exemplo: “Essa é a nova voz da humanidade, maneira pela qual o povo manifesta a sua vontade.” Besteira, isso é a maneira como encaro tais manifestações, não está feliz com algo faça de fato algo que possa representar uma mudança, quando foi à última vez que você sentou em um grupo de amigos e levantou um assunto que de fato de incomoda?

As redes sociais felizmente aproximaram as pessoas em um nível que não poderia ser pensando há uma década e também de uma maneira paradoxal que as afasta. Deixe-me explicar isso direito, quando falo em aproximar e afasta digo que ficamos cada vez mais dependentes de nos comunicarmos pelas redes, com frases cada vez mais curtas e com sentido único. Deixamos de debater ou discutir uma ideia sem que exista alguém que venha e intervenha com um comentário tolo, quando falo em internet penso em um mundo completamente plano onde todos tem acesso a todo conhecimento da humanidade, mas essa facilidade nos tornaram cada vez mais preguiçosos. Quando converso com um jovem, entenda por 12 a 29 anos, ouço apenas palavras repetidas pelos meios de comunicação e nas redes sociais. Quando foi a última vez que você sentou em um lugar e debateu sobre o transito ou educação na sua região, esquecemos que o dever de viver em sociedade é questionar e não apenas passar a responsabilidade ao seu candidato e agir como se estivesse tudo bem e quando você encontra uma imagem legal na internet você compartilhar com algum comentário do tipo “Abaixo ao PT” ou prefere se esconder atrás de uma máscara do “V de vingança” sem sequer saber que o cara por atrás dela não era um cara tão legal.

Quando se fala em revolução o que me vem em mente são armas e explosões, ausência de ordem e de direitos. As pessoas não compreendem que a sociedade se molda ao caráter da maioria, infelizmente nossa sociedade se encontra em um status de total ausência de individualismo. Não prego a revolução, não mais. Hoje busco uma mudança de atitude daqueles que fazem esse país funcionar e não estou falando dos políticos. Não está satisfeito com algo se reúna e tome a ação em suas mãos. Em Trilha Sonora para uma Revolução / Soundtrack for a Revolution³, documentário que trata da luta pelos direitos civis nos EUA, mostra um grande exemplo de desobediência civil e resistência pacífica. 

Talvez o que falte para o Brasil seja algo pelo que lutar além de um país.

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sábado, 25 de maio de 2013

Ofensiva religiosa.




“Grupos religiosos preparam ofensiva contra Barroso”
(Conjur¹)




Como já disse anteriormente sou contra toda e qualquer interferência de organizações religiosas dentro da política nacional. Tive a oportunidade de ver o vídeo² da sustentação oral no Supremo Tribunal Federal do então representante do Estado do Rio de Janeiro o Professor Luís Roberto Barroso acerca do reconhecimento da união estável homoafetiva. Independente de concordar com a questão ou não, tenho consciência que devemos respeitar as minorias em todas as suas formas e expressões. O Professor Luís Roberto Barroso, constitucionalista, apresentou elementos em dois temas que julgo de difícil defesa perante a sociedade como um todo. Uma sociedade essa baseada em valores morais tão enraizados que se fazem difícil questionar, valores éticos de acordo com uma crença que impede aquele que a pratica de pensar livremente e o impulsiona a bradar palavras de ordem a qualquer mudança. Como já me fiz entender por meio de meus textos aqui presentes, sou contra sumariamente ao aborto independente da situação pela qual se deu a concepção, porém, isso não me obriga a impor a minha opinião que remete exclusivamente a minha pessoa baseada em valores estritamente morais. O então Professor Luís Roberto Barroso ao defender o uso de embriões em pesquisas de células troncos não apenas a fez baseada em achismos ou ideologias, mas em ampla pesquisa e apoio cientifico. Quando vejo um representante que busca um olhar mais amplo sob a letra fria da lei por meio de uma interpretação que visa cobrir a todos com o manto sagrado de nossa Constituição federal me enche de alegria. Garantir a dignidade à pessoa humana em todas as formas não é um beneficio, mas um direito.
Valores morais baseados em dogmas acabam por conduzir nossa sociedade a um passado negro de nossa história. Vivemos em um tempo de iluminação e conhecimento aonde podemos e devemos buscar sempre encontrar um caminho de tolerância e respeito ao próximo.

Compreendo que dentro das várias intuições e correntes religiosas que atuam dentro de nossa federação seguem doutrinas e dogmas no qual se baseiam sua fé e sua existência, mas não cabe a eu discutir se tais verdades absolutas são de fato ou apenas elementos figurados e sem valor algum. Devo respeitar desde que seus dogmas não me privem de receber um tratamento que preserve o mais amplo direito; a dignidade.

Toda verdade absoluta acarreta um perigo nato, crença que se baseia em um fato de que se está certo em curso de que todas as outras estão incorretas. Não me faço doutor em minhas palavras, mas apenas peço compreensão e respeito com a opinião alheia.

Não existe verdade absoluta, mas apenas uma perspectiva da verdade.